sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Entenda como o corpo reage à musculação

Entenda como o corpo reage à musculação 
Muita gente pratica a musculação – ou treino de força, com pesos – sem saber exatamente como o corpo reage aos treinos. Com isso, essas pessoas acabam sem tirar o máximo proveito dessa prática e demoram mais a atingir seus objetivos de se sentir bem com o corpo.
O primeiro erro é o de acreditar que a musculação transforma gordura em músculos. Isso não é verdade. Embora a musculação ajude a queimar gordura, os exercícios aeróbicos (correr, caminhar, pedalar) são mais eficientes neste aspecto. E a gordura é eliminada, não transformada em músculos.
O músculo, aliás, cresce na musculação como uma forma de defesa do organismo. Simplificando para um melhor entendimento: quando você faz um treino de força para as pernas, por exemplo, está na verdade estressando as fibras musculares.
Depois do treino, o corpo começa a recompor essas fibras. Se, depois de dois dias, você volta a forçar o mesmo músculo, o processo de recomposição é reiniciado. Só que o corpo entende que aquele músculo precisa ser mais forte, maior, para aguentar a carga à qual está sendo submetido.
Ou seja, o músculo não cresce quando estamos malhando, e sim quando estamos descansando. Por isso é fundamental para atingir bons resultados ter uma alimentação com os nutrientes necessários para essa recomposição muscular e também ter o descanso necessário, com boas noites de sono(Pod se sentir bem 04).
Isso explica também porque os grupos musculares não devem ser trabalhados todos os dias. Se você malhou bíceps em um dia, não vai trabalhá-lo novamente no dia seguinte, quando o corpo ainda está recompondo-o.
Entendendo esse sistema podemos compreender também porque é preciso aumentar as cargas de peso com o passar do tempo. Como o músculo é refeito mais forte, é preciso mais carga para “quebrá-lo” novamente e exigir uma reconstrução com ele ainda mais forte.
Agora que você já entende o mecanismo de reação do corpo à musculação pode malhar com mais consciência. Procure uma academia bem equipada e principalmente com bons profissionais para orientá-lo e começa já a se sentir bem com seu corpo.

Fonte: http://eumesintobem.com.br/entenda-como-o-corpo-reage-a-musculacao/

Sistema Nervoso

Na nossa relação com o mundo, o tempo inteiro somos estimulados e respondemos aos elementos do ambiente. A cada estímulo externo (como o cheiro de um alimento ou o som de uma buzina) e mesmo interno (como dor ou sensação de fome), o organismo reage, ou seja, de certo modo “responde a essas perguntas:
De onde vem o estímulo?
Como meu corpo reage a esse estímulo?
Isto me fará bem ou mal?
Já tive essa sensação antes?
Esse processo ocorre no sistema nervoso central de maneira tão instantânea que a nossa consciência não tem como identificar todas as suas etapas, nem os milhares de estímulos que o corpo recebe a todo instante.
Para compreender melhor como percebemos os estímulos externos e como respondemos a eles, é fundamental reconhecer o sistema que forma a rede de comunicação do corpo.

Por que precisamos de um sistema nervoso?
Seu cérebro é o órgão mais importante de seu corpo. Ele controla tudo o que você faz, seus movimentos, seus pensamentos e sua memória. Muitas vezes ele não age diretamente, mas pode controlar pequenas quantidades de substâncias químicas do sangue, que, por sua vez, têm um forte efeito sobre outra parte do corpo.
 
Embora pareça muito simples, o cérebro é imensamente complicado. E uma massa de tecido esbranquiçado, bastante mole ao tato, que ocupa cerca de metade do volume da cabeça. Fica posicionado no alto da cabeça, acima dos olhos e dos ouvidos, estendendo para trás e para a parte inferior da cabeça.
Quase tão importante quanto o cérebro é o restante do sistema nervoso. A medula espinhal estende-se do cérebro para baixo, ao longo da coluna, O cérebro e a medula espinhal formam o sistema nervoso central.
Ao longo do comprimento da medula espinhal saem nervos semelhantes a fios que se dividem e se ligam com quase todas as partes do corpo. Os nervos transportam mensagens dos órgãos dos sentidos para o cérebro, e também instruções do cérebro para outras partes do corpo. O cérebro funciona como uma rede telefônica complicada, mas muito compacta, com um complexo fluxo de mensagens que chegam, são selecionadas e depois dirigidas a seu destino apropriado.


As membranas protetoras do cérebro
Por ser um órgão tão importante, o cérebro precisa de boa proteção contra acidentes. Ficando em pé, o ser humano mantém o cérebro e a cabeça afastados de choques e batidas. Mesmo assim, é necessária uma proteção muito confiável. Por isso o cérebro fica alojado no crânio, uma dura caixa óssea.
Embora de paredes finas, o crânio é muito resistente devido a sua forma arredondada. Uma das formas mais fortes que se conhece é uma bola rígida. Um ovo, por exemplo, é extremamente resistente, considerando-se como é fina sua casca. Assim, o mole e delicado cérebro é protegido contra danos externos diretos pelo resistente crânio. Entretanto, mesmo sendo o crânio rígido e forte, um abalo violento poderia balançar o cérebro e causar-lhe danos. É preciso, então, maior proteção, que é dada por três membranas, denominadas meninges, que recobrem completamente o cérebro. A membrana mais externa é chamada de dura-máter, que fornece uma boa proteção e apoio devidos a sua constituição forte e coriácea.
Junto ao cérebro há uma outra membrana, denominada pia-máter, muito mais fina, que acompanha cada depressão e cada elevação da superfície do cérebro. Entre essas duas membranas há uma terceira, de constituição esponjosa, a aracnóide. Os espaços desta membrana são preenchidos por um liquido no qual flutua todo o cérebro, fornecendo a camada protetora final. Há ainda grandes espaços dentro do cérebro, que também são preenchidos com o mesmo liquido da aracnóide, de modo que o delicado tecido do cérebro não se deforma quando movemos nossa cabeça.

Como funciona a produção de leite

A pré-produção de leite começa durante a gravidez

As transformações físicas -- seios mais sensíveis, inchados e com mamilos mais escuros e aréolas maiores -- costumam ser um dos primeiros sinais de que você engravidou.

E essas transformações não são somente um capricho da natureza para confirmar que você está grávida.

Especialistas acreditam que a mudança de cor do mamilo, por exemplo, possa ajudar na futura amamentação, já que seria uma espécie de "jeitinho" do organismo para orientar melhor os recém-nascidos.

Outra alteração, o aparecimento de pequenas bolinhas ao redor da aréola do seio, também tem papel vital no ato de amamentar. Essas bolinhas produzem uma substância oleosa responsável por limpar, lubrificar e proteger o seio de infecções durante a amamentação.

Por dentro dos seios

Talvez mais impressionante até do que as transformações visíveis são as enormes mudanças que estão ocorrendo por dentro dos seus seios.

A placenta em desenvolvimento estimula a liberação dos hormônios estrogênio e progesterona, os quais, por sua vez, deflagram o complexo sistema biológico que torna a lactação possível.

diagram of milk production in the breastAntes da gestação, as mamas são formadas por uma combinação de tecidos, glândulas mamárias e gordura (a quantidade de tecido adiposo difere de mulher para mulher, daí a enorme variedade de tamanhos e formatos de seios).
O incrível é que seus seios já estavam se preparando para uma gravidez desde que você era um embrião de 6 semanas no útero de sua mãe. A criança já nasce com os principais ductos mamários formados.

As glândulas mamárias não dão sinal de vida até a puberdade, quando uma enxurrada do hormônio feminino estrogênio as faz crescer e inchar. Durante a gestação, essas glândulas trabalham a todo vapor.

No momento em que o bebê nasce, o tecido glandular de suas mamas já dobrou de tamanho, o que explica a mudança radical no número do sutiã!

Em meio às células adiposas e ao tecido glandular localiza-se uma rede de canais, chamados ductos. Os hormônios da gravidez fazem com que esses ductos aumentem de quantidade e tamanho e se dividam em canais menores perto da região peitoral. Na extremidade de cada um deles há uma aglomeração de pequenos sacos, semelhante a um cacho de uvas, conhecidos como alvéolos.

Um conjunto de alvéolos forma um lóbulo, e uma reunião de lóbulos é um lobo. Cada seio contém de 15 a 20 lobos.

O leite é produzido dentro dos alvéolos, os quais são rodeados por diminutos músculos que pressionam as glândulas e empurram o leite para os ductos. Os cerca de nove ductos lactíferos de cada seio são como canudos isolados que chegam à extremidade do mamilo, formando um "chuveirinho" que leva o leite para a boca do bebê.

O sistema de distribuição do leite fica completamente pronto já no segundo trimestre de gravidez, para que a mulher possa amamentar o bebê mesmo que ele seja prematuro.

A produção de leite aumenta quando o bebê nasce

Produção de leite e prolactina

A produção de leite em grande escala começa de 24 a 48 horas depois que você dá à luz. Esse período é cientificamente conhecido como lactogênese.

Após a retirada da placenta, os níveis dos hormônios estrogênio e progesterona começam a declinar. O hormônio prolactina, cuja quantidade vinha aumentando durante toda a gestação, é então liberado, para sinalizar ao corpo que é hora de produzir bastante leite.

Pesquisas indicam que a prolactina é também responsável por uma sensação maior de "maternidade", daí ter sido batizada por alguns especialistas de o hormônio do instinto materno. Em geral, o leite demora mais para "descer" no primeiro filho.

À medida que seu corpo se prepara para a lactação, ele libera mais sangue para a região dos alvéolos, deixando os seios firmes e cheios. Vasos sanguíneos meio inchados, combinados com a abundância de leite, podem deixar as mamas temporariamente doloridas, quentes e cheias demais, e provocar um ingurgitamento mamário, porém a própria amamentação ajudará a aliviar o desconforto inicial.

Primeiro desce o colostro

Nos primeiros dias de aleitamento, o bebê será alimentado por uma substância viscosa, meio transparente e rica em proteínas conhecida como colostro. É possível que nas últimas semanas de gestação você tenha notado o vazamento de gotas deste líquido esbranquiçado (para algumas mulheres isso já ocorre no segundo trimestre).

Esse precioso líquido é cheio de anticorpos chamados de imunoglobulinas, fortificantes naturais para o sistema imunológico do bebê. O leite materno se transforma no decorrer da amamentação a fim de suprir todas as necessidades da criança.



breastfeeding flow chart
Para que o bebê possa mamar, é preciso que o leite "desça" dos alvéolos. O processo funciona assim: o bebê suga o mamilo, o que estimula a hipófise a liberar os hormônios ocitocina e prolactina para a corrente sanguínea. Ao alcançar seu seio, a ocitocina provoca a contração dos pequenos músculos ao redor dos alvéolos cheios de leite. O líquido passa então para os ductos, que o transportam para os ductos que ficam pouco abaixo da aréola do seio. Ao sugar, o bebê faz com que o leite dos ductos chegue à sua boca.

Nos primeiros dias de amamentação, talvez você sinta alguma contração no abdome, na forma de cólicas, bem na hora em que o bebê estiver mamando. A sensação sinaliza a liberação da ocitocina, que ajuda o útero a voltar ao tamanho normal (esse mesmo hormônio provocou a contração do útero durante o trabalho de parto).

Também pode ser que junto com a contração venha um fluxo vaginal mais intenso de sangue, portanto capriche no absorvente. Essas cólicas são mais intensas a partir do segundo filho, e em alguns lugares do Brasil são chamadas até de "dor de parto".

Um outro sinal é que você poderá se sentir calma, satisfeita e alegre ao amamentar. A ocitocina é, afinal, conhecida como o hormônio do amor!

Com o aumento do fluxo de leite, é possível que você também sinta formigamento, queimação ou ardor nos seios. É fundamental estar tranquila durante a amamentação para que o leite desça com facilidade.

Muitas mulheres comparam o aleitamento ao aprendizado de andar de bicicleta: pode ser complicado no começo, mas, quando você pega o jeito, fica parecendo impossível que um dia não tenho sabido fazer.

Lembre-se de investir no repouso e na hidratação, e não use sutiãs muito apertados, para que seu peito possa se encher de leite.

Como funciona a adaptação do corpo humano

Entenda melhor como funcionam os princípios da adaptação do organismo humano!

Diariamente recebo dúvidas, perguntas e questionamentos a respeito de treinamento, dieta e outras coisas mais. Entre os problemas mais freqüentes que encontramos nos praticantes das mais diferentes modalidades físicas, são os limites que aparentemente estão a um bom tempo sem ser superados. Limites esses que muitas vezes parecem ter causado uma tremenda adaptação ao corpo.
Porém, quando começamos avaliar cuidadosamente cada caso, quase sempre o que percebemos é que, na verdade não são necessariamente limites físicos que precisam ser quebrados, mas sim, limites mentais, ou os chamados platôs.
Quando iniciamos em qualquer treinamento, a tendência do corpo é responder aquele estímulo com máxima intensidade, afinal, estamos propondo uma situação totalmente nova ao corpo. Entretanto, da mesma forma que obtemos ótima resposta no início, obtemos também uma certa adaptação com o decorrer do tempo. É como analogicamente comparar um carro recém saído de fábrica, com altíssima potência e, o mesmo carro cerca de 2 anos depois, caso não tenha sido feita nenhuma manutenção além de colocar combustível, óleo e água, claro. Certamente a potência e o desempenho não serão os mesmos. E é exatamente isso que acontece com o corpo.
Durante o processo de evolução, a facilidade que o corpo humano adquiriu para se adaptar as mais diversas situações é realmente incrível. Na realidade, se não fosse por essa capacidade adaptável não só nossa, mas das espécies atuais, dificilmente elas teriam sobrevivido. Então, se isso acontece em diversos aspectos, obviamente acontece no desenvolvimento físico também. O corpo passa a acostumar-se com os mesmos estímulos, com a mesma alimentação, com as mesmas freqüências e passa a entender aquilo como algo normal e não mais um estímulo que necessita de superação. E é aí que começam as chamadas “estagnações”. Mas, na maioria das vezes essas estagnações são resultado também da falta de tentativas a coisas novas.
Vejo diversos indivíduos que sempre estão treinando da mesma forma, sempre estão se alimentando da mesma forma, sempre estão suplementando da mesma forma. Chega a ser monótono…
O princípio da adaptação do organismo ao treinamento possui particularidades relacionadas com o nível de estímulo a ele aplicado. Durante a aplicação de estímulos de treinamento sobre o organismo deparamo-nos com o conceito de síndrome de adaptação geral (SAG) proposto por Hans Seyle; 1956 in Dantas; 1985 , a qual possui fases correlacionadas com os estímulos ou stresses. Os stresses podem ser de ordem física, bioquímica e mental.
Mas, o que pode ser considerado intensidade? O volume? A força máxima? A explosão ? Na verdade, todos esses e mais um zilhão de aspectos.

Você sabe o que é metabolismo? Entenda como funciona seu corpo

Quando o assunto é emagrecimento, muito se ouve falar em metabolismo. Em boa parte das vezes, ele é apontado como culpado pela dificuldade de eliminar os quilos extras. Mas será que você sabe o que é o metabolismo e como ele funciona?
E aquele papo de que “meu metabolismo não trabalha da forma que deveria” ou “eu engordo porque meu metabolismo é lento”, faz sentido ou é só uma desculpa de quem vive lutando contra os ponteiros da balança? Tire agora todas as suas dúvidas sobre o assunto.
 
O que é metabolismo?
Por definição, o metabolismo é o conjunto de reações químicas e hormonais que acontecem no nosso corpo para gerar energia e mantê-lo funcionando. Ou seja, é a quantidade de calorias que o seu corpo queima para se manter ativo.
O organismo gasta calorias até quando está em repouso, porém trabalhando para manter suas funções vitais, como respiração e funcionamento cardiovascular, por exemplo.
Devido à influência destes fatores, cada pessoa possui um gasto diferente e precisa de energia de forma diferente para emagrecer, ganhar peso ou simplesmente a manter o peso atual.
Metabolismo x Dificuldade para emagrecer
A velocidade com que o corpo queima calorias (chamada de taxa metabólica) determina o ritmo em que o corpo vai trabalhar e a tendência a ganhar ou perder peso. A taxa metabólica é definida, em grande parte, por características genéticas.
Um metabolismo lento leva ao acúmulo de gorduras. É por isso que algumas pessoas têm dificuldade em emagrecer e de se manterem magras. Outras são privilegiadas e têm um metabolismo acelerado. É importante ressaltar que, em qualquer caso, é possível aumentar a taxa metabólica, eliminando mais calorias para manter a boa forma.
Como acelerar o metabolismo?
Para saber quantas calorias são necessárias em um dia, é preciso considerar peso, idade, sexo e nível de atividade física. Os homens, por exemplo, possuem mais massa muscular e menor quantidade de gordura se comparados às mulheres, por isso têm o metabolismo mais rápido.
A prática de atividade física também aumenta o metabolismo, enquanto o avanço da idade diminui. A massa muscular presente no corpo também influencia o gasto energético, já que é um tecido metabolicamente ativo e quanto mais presente no corpo, mais calorias gasta.
Embora seja determinado geneticamente, é possível acelerar o metabolismo com algumas atitudes que ajudam a perder alguns quilinhos e ainda dão maior disposição.
A primeira delas é não ficar muitas horas sem comer ou fazer só duas ou três refeições exageradas ao dia. Isso deixa o metabolismo ainda mais lento e o corpo acaba estocando gordura. O ideal é comer de pouquinho em pouquinho, fazendo pequenas refeições a cada três horas e sempre nos mesmos horários.
Outra forma de acelerar o metabolismo e a perda de peso é comer mais proteínas e menos carboidratos. Os peixes, a carne bovina, frango, ovos, leite e derivados são ótimas fontes de proteína e podem ser incluídos na dieta.
Invista também nos alimentos ricos em fibras, pois eles exigem maior esforço do organismo desde a mastigação e em todo o processo de digestão. Dessa forma, o gasto energético é muito maior, auxiliando no emagrecimento.
Para evitar a desidratação e estimular o metabolismo, beba muita água. O ideal é ingerir de oito a dez copos diariamente. Dormir bem também é fundamental para manter todo o organismo funcionando em um ritmo adequado. Por isso, procure dormir oito horas por dia e para garantir um sono tranquilo, uma boa dica é tomar um banho morno relaxante antes de ir para a cama.

Amamentar: como funciona no meu corpo


PEDIATRIA  SÃO PAULO, PEDIATRIA DESCOMPLICADA , DRA KELLY OLIVEIRA,  AMAMENTAÇÃO  BEBÊ
Olá mamães!
Ainda dentro do tema de amamentação, hoje falarei um pouco de como funciona a produção de leite pela mama, mecanismos hormonais e conceitos de anatomia! Nada melhor que conhecer bem o seu corpo para entender as questões da amamentação (e suas dificuldades também). Depois, abordaremos sobre a produção de leite, suas variações e sobre a composição do leite materno.
O mecanismo é complexo e envolve a ação de vários hormônios, tentarei explicar de forma simplificada aqui. Vamos começar então!
Fisiologia da Amamentação 
 A mama, durante a gestação, é preparada para a lactação através da ação de vários hormônios, dentre eles o estrogênio, responsável pela ramificação dos ductos lactíferos, e o progestogênio, pela formação dos lóbulos. Essa é considerada a fase I da lactogênese. Outros hormônios são responsáveis por inibir a secreção do leite durante a gestação.

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Com o nascimento do bebê e a saída da placenta, ocorre a queda do progestogênio e consequente liberação de prolactina, que estimula a secreção de leite. Essa é a fase II. Quando o bebê suga o seio materno, ocorre a liberação de ocitocina, hormônio responsável pela contração das células mioepiteliais que envolvem os alvéolos e ocorre então a ejeção do leite. Sabe aquela cólica que a mãe sente quando amamenta o bebê recém-nascido? A ocitocina é a responsável por essa contração do útero, que reflete na cólica que sentimos quando amamentamos, e o ajuda a voltar ao tamanho normal, auxiliando na recuperação da mãe no pós parto, além de promover a saída do leite! Haja trabalho!
A “descida do leite”, que costuma ocorrer até o terceiro ou quarto dia após o parto, mesmo sem a sucção do bebê ao seio materno, é mediada por esses hormônios, porém a galactopoiese, chamada também de fase III da lactogênese, é de controle autócrino (mecanismo de autoprodução e auto estimulação), e depende em primeiro lugar da sucção do bebê e do esvaziamento da mama. Ocorre 9 dias após o parto e dura até o final da lactação.
Dificuldades x Produção de leite 
Importantíssimo lembrar: qualquer fator materno ou do bebê que limite o esvaziamento das mamas pode causar uma diminuição do leite, seja por inibição química ou mecânica. Aí entram muitos fatores, dentre eles ingurgitamento mamário, mastite, mamilos planos ou invertidos, estresse materno (sim, tem tudo a ver com a produção de leite!), e a própria pega incorreta que leva a formação de fissuras e muita dor! Relacionado ao bebê podemos citar bebês muito sonolentos, que não coordenam a sucção corretamente, prematuridade e até mesmo obstrução nasal. Todos esses problemas serão abordados depois.
Produção x Demanda 
O leite é produzido nos alvéolos, sendo a grande parte do leite de uma mamada produzida enquanto a criança mama, pelo estímulo da prolactina. A sucção do bebê promove a liberação de ocitocina, além de outros estímulos condicionados, como visão, cheiro, e choro da criança, e de fatores emocionais como motivação, autoconfiança e tranquilidade. Por isso muitas vezes a mãe, somente ao ouvir o choro do bebê, por exemplo, apresenta vazamento de leite pelas mamas, ou enquanto amamenta numa mama pode vazar leite pela outra. Por outro lado, a dor, o medo, o desconforto, o estresse, a ansiedade, a falta de autoconfiança podem inibir o reflexo de ejeção do leite, prejudicando completamente a amamentação.
O volume de leite produzido pela mãe é determinado pela demanda da criança. Em gemelares, por exemplo, a sua produção será muito maior. Um bebê sonolento, que suga pouco, também estimulará pouco o seio materno, e o mecanismo hormonal que existe no corpo da mãe que amamenta “entende” que a necessidade de produção é menor, e a mãe acaba produzindo menos. Nesse caso é mandatório a avaliação do pediatra para entender qual o problema. A composição do leite materno também varia de acordo com as necessidades da criança, A mamãe do bebê prematuro, por exemplo, apresenta na composição do seu leite elementos fundamentais para o crescimento do seu bebe, encaixando-se perfeitamente nas necessidades dele.
Diferentes composições do leite materno 
O leite materno também varia em sua composição em diferentes momentos da vida do bebê. O colostro é o leite do recém-nascido, rico em proteínas e imunoglobulinas, fundamental para a defesa imunológica do bebê e para o seu crescimento. O leite do início da mamada é diferente do leite do final da mamada, chamado também de “leite posterior”. A gordura, e portanto o maior aporte calórico do leite, está no final da mamada, e por isso a importância do esvaziamento completo da mama pelo bebê.
 Esse assunto não pára por aqui! Aguardem os próximos posts para saber sobre doenças comuns da mama e como elas dificultam a amamentação, orientações sobre pega correta, e problemas mais comuns sobre amamentação!
Mamães, contem suas experiências com a amamentação, as dificuldades que tiveram ou ainda têm e coloquem suas dúvidas e angústias aqui!
Um grande abraço,
Dra. Kelly Oliveira

Fonte: http://pediatriadescomplicada.com/2014/10/21/amamentar-como-funciona-no-meu-corpo/

Como é obtida a energia que faz nosso corpo funcionar?

como-e-obtida-a-energia-que-faz-nosso-corpo-funcionar
A energia é obtida dos nutrientes dos alimentos, como a glicose, as proteínas e os carboidratos. Para começo de conversa, energia não é nenhuma molécula: é a capacidade que nosso corpo tem de realizar trabalho, ou seja, fazer força ou provocar deslocamentos. Mas, para que um pedacinho do pão nosso de cada dia vire energia, não basta que seja engolido, mastigado e digerido. Ele tem que ser quebrado em moléculas pequenas, que possam ser absorvidas pelas células.
A glicose é a principal dessas moléculas. Os seres humanos, durante o processo evolutivo, conseguiram usar melhor a glicose que vem dos alimentos, retirando dela o máximo de energia. As bactérias, por exemplo, obtêm só 4% do seu potencial, enquanto o corpo humano transforma em trabalho 30% da energia que consome, o mesmo que um automóvel.
O restante da glicose vai para a manutenção das atividades vitais do organismo, como batimentos cardíacos e sinapses cerebrais. Por isso, temos que abastecer nossa "máquina" várias vezes ao dia. Só não vale sair por aí assaltando a geladeira. Para funcionar bem, uma pessoa deve consumir, em média, 30 calorias por quilo de seu peso. Uma pessoa com 64 quilos, por exemplo, deve fazer uma dieta diária de cerca de 2 mil calorias.
GLICOSE NA VEIA
Molécula funciona como combustível e é quebrada até virar energia para o corpo
1- Como um pedaço de pão é milhões de vez maior que uma célula, o primeiro passo é quebrá-lo em porções cada vez menores, os carboidratos, através da mastigação e da digestão. Isso acontece até que o carboidrato seja reduzido à sua menor unidade: a glicose. No intestino delgado, ela é absorvida pelo sistema venoso, segue para o fígado, tecidos periféricos e finalmente à célula.
2- A glicose entra no citoplasma, a porção aquosa da célula, e sofre sua primeira divisão. Uma molécula de glicose dá origem a duas de ácido pirúvico. Em bactérias, a respiração termina aqui - por isso o aproveitamento energético delas é bem menor.
3- Os ácidos pirúvicos seguem para a mitocôndria, organela responsável pela respiração celular. Para obter mais energia, começa o ciclo de Krebs, uma seqüência de reações. Nessa fase, o ácido perde hidrogênios, que vão para outras moléculas, e carbonos. Estes se ligam ao oxigênio disponível na célula, gerando CO2,que sai na respiração. No fim do ciclo, todos os carbonos da glicose viram CO2.
4- Os hidrogênios que saíram da 5 molécula de ácido pirúvico tendem a se ligar ao oxigênio da respiração. Ao se unirem na crista da mitocôndria, hidrogênio e oxigênio formam a famosa molécula de H2O. Parte dessa água é eliminada, e outra parte fica dentro da célula atuando nas reações químicas e ajudando a formar o citoplasma.
5- Mas sobram alguns íons H+, que são atraídos para o lado interno da membrana, que está carregado de íons negativos. Para isso, eles passam por um caminho específico, uma espécie de "turbina" em forma de guarda-chuva, a ATP-sintase, que gira e liga um fosfato, que já está na célula, a um ADP, que também está por ali, formando o ATP, que fica livre para participar de outras reações nas nossas células.
6- Uma das reações que usa energia é a contração muscular. Duas das proteínas do músculo fazem as contrações: a actina e a miosina. A miosina liga-se ao ATP vindo da mitocôndria, e curva-se sobre a actina. O ATP então se quebra, liberando um fosfato e um ADP, que ficam livres para ser recarregados novamente. Assim, a actina e a miosina deslizam uma sobre a outra, realizando o movimento. Para que as duas se soltem e o músculo relaxe, é preciso que outro ATP se ligue à miosina, desligando as duas proteínas.
CONTA ENERGÉTICA
Para onde vai a energia que o corpo produz*
CÉREBR0 - 19%
As sinapses (comunicação entre os neurônios) consomem a maior parte da energia. Como tem pouco glicogênio de reserva, o cérebro pode sofrer danos graves quando falta glicose, mesmo que por um breve intervalo de tempo.
MÚSCULOS ESQUELÉTICOS - 18%
As contrações musculares demandam muita energia. Em atividades físicas intensas, os músculos utilizam o glicogênio, que armazenam em grande quantidade.
CORAÇÃO - 7%
O coração depende muito da energia imediata da glicose. Por isso, as mitocôndrias são mais abundantes no músculo cardíaco do que no esquelético.
BAÇO E FÍGADO - 27%
É principalmente no fígado que nosso estoque energético - o glicogênio - está armazenado. É dele que retiramos a energia enquanto dormimos, por exemplo.
RINS - 10%
A maior parte dessa energia é usada para a produção de urina. O restante é utilizado para fabricar hormônios ou eliminar toxinas.
RESTO DO CORPO - 19%
BATERIA CARREGADA
O ATP, ou adenosina trifosfato, é como uma bateria: carrega e descarrega a cada vez que os H+ movem a "turbina". Mas o que o ATP tem a ver com o pãozinho? Cada vez que 1g de glicose é queimado, 4 calorias são liberadas, recarregando milhares de ATPs. Para assistir uma hora de aula, por exemplo, seu corpo consome cerca de 126 calorias, ou seja, pelo menos 30g de carboidratos são necessários, o que corresponde a um pão.
CONSULTORIA: MARITSA BORTOLI, NUTRICIONISTA DA FACULDADE DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS DA USP; CLÁUDIO FURUKAWA, FÍSICO DA USP; MARISA FERNANDES E VILMAR BALDISSERA, DO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS FISIOLÓGICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS *DADOS DO DEPARTAMENTO DE FÍSICA MÉDICA DA UNIVERSIDADE DE NOTRE DAME, EM INDIANA, EUA

Fonte: http://mundoestranho.abril.com.br/materia/como-e-obtida-a-energia-que-faz-nosso-corpo-funcionar